1Esta é a mensagem de Deus sobre o vale da Visão[1]. O que é que está a acontecer? Onde é que vai toda a gente? Porque estão todos a subir para os telhados? Para onde é que estão a olhar?2A cidade inteira encontra-se em plena agitação. Que se passa nesta ativa e feliz cidade? São corpos, mortos não por armas, nem na guerra.3Todos os teus chefes estão a fugir ou rendem-se sem resistência. O povo esgueira-se e escapa como pode, mas acaba por ser igualmente capturado.4Deixem-me sozinho a chorar amargamente. Não tentem consolar-me; deixem-me que chore pelo meu povo que está a ser liquidado.5Oh! Que dia de tremenda desgraça! Dia de perturbação e de terror que nos mandou Deus, o SENHOR dos exércitos! As muralhas de Jerusalém foram derrubadas e os gritos dos que vão morrer ecoam até junto às montanhas.6Os que transportam as armas são elamitas e vêm com carros e cavalos; os homens de Quir são quem traz os escudos.7E vêm enchendo os vossos melhores vales, juntando-se em magotes junto dos portões da cidade.8É que Deus retirou a sua vigilante proteção! Vocês bem correm ao depósito das armas na casa da floresta[2]!9Bem inspecionam os muros da Cidade de David a ver se podem reparar e tapar as brechas! Ainda armazenaram as águas da piscina inferior!10Vão mesmo ver que casas de Jerusalém poderiam derrubar, a fim de ter pedra para essas reparações.11Entre as duas muralhas fazem um reservatório de água da piscina velha! Mas todos esses vossos precipitados planos de nada servirão, porque nunca pedem a ajuda de Deus, o qual permite que tudo isto vos aconteça. Pois foi ele quem planeou todas estas coisas já desde há muito tempo.12Deus, o SENHOR dos exércitos, bem insistiu convosco para que se arrependessem, que chorassem e se contristassem e rapassem a cabeça em sinal de pesar, por causa dos vossos pecados, e que se vestissem de saco para mostrar arrependimento.13Em vez disso, mataram-se bois e cordeiros, cantaram, dançaram, divertiram-se em festas e beberetes. E diziam: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos!”14Deus, o SENHOR dos exércitos, revelou-me que este pecado nunca será perdoado, até ao dia da vossa morte.15Além disso, Deus, o SENHOR dos exércitos, falou-me o seguinte: “Vai dizer a Sebna, o administrador do palácio real:16‘Quem pensas tu ser, para teres mandado construir na rocha este belo sepulcro para ti mesmo?17Eis que o SENHOR te arrastará para longe e te mandará para o cativeiro, a ti, ó homem forte!18Amachucar-te-á nas mãos, como se fosses um pedaço de trapo, e lançar-te-á para bem longe, para uma terra espaçosa, e aí morrerás tu, o grande senhor que desgraçou a sua nação!19Sim, expulsar-te-ei das tuas funções, diz o Senhor, derrubar-te-ei da tua alta posição.20Chamarei então o meu servo Eliaquim, filho de Hilquias, para te substituir.21Vesti-lo-ei com a tua túnica, cingi-lo-ei com o teu cinto, colocarei nas suas mãos o teu poder. Será um pai para os habitantes de Jerusalém e para o reino de Judá.22Porei sobre os seus ombros a chave da casa de David. O que ele abrir, ninguém poderá fechar; o que ele fechar, ninguém poderá abrir.23Fixá-lo-ei como uma estaca em terreno firme e será um motivo de glória para a casa de seu pai.24Será responsabilizado pela honra do nome da sua família.’25Quanto a essa estaca que parece tão segura em terreno firme, o SENHOR dos exércitos a tirará! Será arrancada e abatida, arrastando atrás de si tudo quanto segurava.” Foi o SENHOR quem o disse.